Rocco Pussenti
Levy a todo momento chegava até a janela e voltava fazendo um muxoxo. Chovia muito. Se conhecia meu primo, ele odiava chuva, cidade pequena e o fato de não poder estar comendo ninguém. Todos esses fatores juntos o deixavam de péssimo humor.
— Essa chuva melou sua farra de hoje, pelo visto. — comentei, ciente da cara feia que ele faria.
— Sim, vou me juntar a você. Filme e pipoca. — no mesmo momento, desfez a careta e o semblante mudou, como se tivesse acabado de ter uma ideia — O que você acha de a gente chamar a Giulia e a Grazi para cá? Desde que te conheceu, a Giulia só fala em você. E ela é gostosa à beça.
— Não estou a fim, Levy. Chama só a Grazi. — cortei o barato dele.
— Mano, estou começando a ficar preocupado contigo. Está aí na fossa, por causa da Waleska... — iria começar a ouvir o blá-blá-blá de sempre do Levy, mas fui salvo pela campainha.
Nós dois levantamos, achando a situação estranha. Quem apareceria em nossa casa, à noite e debaixo de um dilúvio? Mais