Narrador Onisciente
Apesar da chuva torrencial, tudo parecia seguir em sua normalidade. Gioconda, que terminava de lavar a louça do jantar, só tinha uma preocupação: Waleska, que ainda não havia retornado para casa. Por outro lado, a senhora sentia-se segura. A caçula fora jantar com Philipe Sorento que, aos olhos da mulher, era um excelente rapaz, de boa família.
Asunta ainda comia sua salada — um misto de folhas, frutas, grãos e frutos do mar. Demorava sempre nas refeições, pois não largava a calculadora. Até à mesa, o trabalho a acompanhava. Naquele momento, buscava uma saída para escapar da armadilha em que estava, graças a Rocco.
A vinícola era tudo o que a família possuía. Não podiam perder, e ela não iria permitir que fosse tomada. Ainda mais por um frangote arrogante. Largou o prato assim que a campainha começou a tocar sem parar. Levantou-se para ver quem era, acompanhada pela mãe.
— Deus santo! — reclamou Gioconda, já pegando o guarda-chuva para sair até o portão — Por que e