Rocco Pussenti
Ansiedade me definia. Às sete horas da manhã eu já estava pronto e louco para encarar Asunta Velasco. Mesmo sabendo que a vinícola só funcionava a partir das oito, não pude me aguentar e vim para cá disposto a colocar meus planos em ação. Só a espera no portão já fazia meu estômago revirar.
O caminho até a sede da vinícola parecia longo, e a pequena sala se encontrava com a porta aberta, então adentrei o local. Asunta não estava. O lugar estava vazio. Para aumentar meu desgosto, imaginei que ela devia ter ido até a adega, lá no fundo do terreno. Então, pacientemente, fiquei em pé na porta, já que meu arquejo não me permitia sentar.
Um minuto depois vi o balanço dos cabelos de Waleska vindo na direção da sala. Merda — isso não podia acontecer. Era mais fácil resolver um problema quando você não transava com a pessoa antes.
— O que faz aqui? — perguntou, ofegante.
— Vim falar com a responsável legal da vinícola. — tentei soar o mais profissional possível.
— Pronto. — Asun