Mundo ficciónIniciar sesiónBrenda despertou naquela manhã com o coração ainda acelerado pelo que havia acontecido na noite anterior. Enquanto tentava organizar seus pensamentos, o som da campainha a tirou de seu devaneio. Quem poderia ser? Ao abrir, encontrou Haidar, que a olhava com um sorriso enigmático.
— Bom dia, Brenda. — seu tom era firme e direto. — Estou aqui para te levar a um lugar importante. Naquele momento, ela se perguntava como ele havia conseguido seu endereço, no entanto, não perguntou sobre isso. — Aonde? — quis saber, sentindo-se um pouco nervosa, envergonhada por estar naquelas roupas. — Ao registro civil. — ele informou como se fosse algo normal. Brenda ficou atônita. A ideia de se casar de forma tão repentina a encheu de pânico. No entanto, era algo que de qualquer forma ia acontecer. — Agora? — Sim. Como acordamos. Nosso casamento é parte do contrato, e é hora de formalizá-lo — ele mencionou sem hesitar. Ela engoliu em seco, sentindo-se cada vez mais nervosa. — Mas... não pensei que seria hoje. Haidar a olhou fixamente, sua expressão não mudava. — Já falamos sobre isso. Brenda sentiu o estômago se revirar. Era um acordo, mas a realidade parecia terrível. No entanto, não havia volta. — De acordo. Estarei pronta em meia hora, tentarei. Então, apareceu um homem, que em silêncio, se dirigiu a Haidar e lhe deu uma caixa. Brenda corou quando o árabe lhe estendeu a mesma. — Quero que use esse vestido. É confortável e do seu tamanho. Também há um par de sapatos. Ela apenas assentiu. Ele a esperou no carro, enquanto Brenda se apressava em se arrumar. O vestido era cor pastel, um pouco abaixo dos joelhos. Cobria seus ombros, era tão elegante. Calçou os Louboutin brancos e suspirou. Depois arrumou o cabelo e se maquiou só um pouco. Aceitou a mão dele e entraram no carro. O trajeto foi silencioso, com ela perdida em seus pensamentos e ele concentrado na estrada. Uma vez no registro civil, a cerimônia foi rápida e simples. Assinaram os documentos, e quando saiu de lá, Brenda sentiu que sua vida havia mudado para sempre. Ao sair, Haidar se virou para ela, seus olhos sérios. — Agora que estamos casados, passarei para te buscar mais tarde. — Para quê? — perguntou, sentindo-se um pouco inquieta. — Para consumar nosso casamento. — ele soltou, com um tom frio e direto, depois sorriu com malícia. Brenda sentiu um arrepio percorrer suas costas. — Eu... Não estou pronta, poderíamos fazer isso amanhã? — Acho que não ficou claro o suficiente para você — ele resmungou, um pouco impaciente. Ela apertou os lábios, sentindo que suas bochechas ardiam. — Está bem, estarei pronta. Haidar a observou, satisfeito. — Não se preocupe, eu te prometo que será uma experiência... interessante. Brenda engoliu em seco, sentindo um mar de sensações desconhecidas. — Eu te buscarei em algumas horas — prometeu inclinando-se para lhe dar um breve beijo na testa antes de se afastar. Ela sentiu que quase desmaiava. Brenda se olhou no espelho de corpo inteiro, sentindo o peso da lingerie preta que Haidar havia lhe enviado. Sentiu-se esmagada por um turbilhão de emoções; a culpa começava a se fazer presente em seu interior. O que ela estava fazendo? A roupa, desenhada para realçar sua figura, a fez sentir nojo. Não era ela mesma. Com um suspiro profundo, obrigou-se a seguir em frente. Não tinha outra opção. Colocou um casaco sobre a lingerie, tentando esconder o que vestia por baixo, e sentou-se na sala para esperar Haidar, que a buscaria por volta das dez. Suas mãos tremiam e seu coração batia descontrolado. Isso era real, estava prestes a acontecer. A buzina de um carro soou lá fora, tirando-a de seus pensamentos. Era Haidar. Com um nó no estômago, saiu de casa, a noite parecia fria e pesada. Ao entrar no veículo, o intenso perfume de Haidar a atingiu como um tsunami de sensações. Era um cheiro de desejo, de desconhecido. — Espero que esteja usando a lingerie — disse Haidar, olhando-a com um sorriso que a fez sentir-se exposta. — Sim — ela soltou, sentindo-se ainda mais nervosa. — Vamos nos divertir muito, Brenda. Apenas relaxe, esta noite será inesquecível — ele garantiu enquanto colocava o carro em movimento. À medida que se aproximavam do hotel, Brenda sentiu o suor frio percorrer sua testa. Havia prometido ser cuidadosa, mas a ideia de estar com um homem como Haidar a aterrorizava. No entanto, sabia que havia se comprometido com isso, tudo por sua mãe. Ao chegar, Haidar a levou para o quarto com um ar de confiança. Os nervos estavam à flor da pele. Quando finalmente ficaram a sós, ele a olhou com uma intensidade que a fez sentir vulnerável e exposta. — Você é linda — disse ele, enquanto se aproximava, sua voz era um sussurro carregado de desejo. Brenda sentiu seu coração bater forte. Ele era um espécime impressionante, e a ideia de ser desvirginada por ele a enchia de medo e excitação. Sem pensar, Haidar começou a beijá-la, enchendo o quarto com uma energia elétrica. Enquanto ele a beijava, ela se sentiu presa entre o desejo e a insegurança. Deixou-se levar, mas cada carícia era um lembrete de que aquilo era um negócio, um contrato assinado. Quando finalmente se encontraram na cama, Brenda sentiu o mundo desvanecer ao seu redor. Haidar era um amante experiente, e ela, uma virgem inexperiente. A mistura de dor e prazer a levou a um estado de euforia, e um grito escapou de sua boca quando ele se fundiu nela. — Você está bem? — perguntou Haidar, deixando-se cair ao lado dela enquanto ela tentava recuperar a respiração. Brenda apenas conseguiu balançar a cabeça em um assentimento. As palavras haviam ficado presas em sua garganta. Sentia-se muda, atordoada pelo que acabara de acontecer. Então, tudo acabou. Ele caiu ao seu lado, exausto, e ela quis desaparecer. De repente, o árabe a puxou para si. Sentia-se tão estranha, tão alheia a si mesma. Queria chorar, mas se conteve. Ainda com a cabeça sobre o peito nu dele, sopesava o ocorrido. Ia dizer algo, mas ele a interrompeu. — A dívida com o banco e o hospital foram saldadas, o tratamento de sua mãe já foi coberto. Estamos quites. Você poderá obter o pagamento completo, assim que o bebê nascer e o ano de contrato terminar. Se precisar de dinheiro agora, eu me encarregarei. Só assim poderei garantir que você permaneça ao meu lado. Ela permaneceu em silêncio. Sabia que aquele homem não era tolo, era inteligente demais. As lágrimas começaram a escapar. Sentia-se suja, uma qualquer.






