Capítulo 2
Voltei melancolicamente para o meu quarto. O meu quarto era apenas um pequeno cômodo no fim do segundo andar, mesmo ao lado do quarto de Aníbal.

Ele havia dito:

— O tamanho do quarto não importa; o mais importante é estar mais perto de mim. Isto é temporário. Assim que terminar de reformar o nosso quarto, casaremos!

Mas morando aqui por oito anos, aquele quarto de casamento cuidadosamente preparado já não me pertencia.

Abri a mala para arrumar a roupa quando a porta do quarto foi escancarada de forma violenta.

Carolina, com sua barriga esticada, adentrou com arrogância, olhando ao redor com desprezo.

— Então o quarto é tão pequeno? Nem chega aos pés do banheiro da minha suíte. Ai, que pena, esteve com o meu marido durante oito anos e nem sequer tens um estatuto oficial dele. Ele deu-me a suíte de casamento. O que você está esperando? Não sente envergonhada de ficar aqui de maneira descarada?

Ela falava tudo aquilo com um tom prazeroso.

Fechei a minha mala com força e disse duramente:

— Você não é bem-vinda aqui, por favor, saia imediatamente.

Carolina mexeu as sobrancelhas, e disse com um tom muito sarcástico:

— Esqueceu que eu sou a dona desta mansão? Que autoridade você tem para me expulsar? No futuro, o meu filho será o herdeiro da família Lima. E, você, sua amante desavergonhada, não vai conseguir nada!

Apertei os punhos e olhos cheios de lágrimas

As palavras de Carolina eram como tapas ardentes na minha cara.

Eu estava prestes a responder quando Carolina de repente deixou-se cair no chão, segurando a sua barriga de dor:

— Socorro! Meu bebê...

Aníbal entrou apressado, preocupado, e abraçou Carolina.

Ela agarrou o pescoço dele, soluçando e chorando, disse:

— Só queria falar com a Lívia não sei o que falei de errado que a ofendi...desculpe, é tudo culpa minha!

Aníbal olhou para mim com um olhar de fúria e deceção.

— Lívia, não importa o que Carolina tenha feito, você não deveria tê-la empurrado. Ela está grávida! Como foste capaz de fazer isso? Você era uma pessoa tão gentil antes... O que aconteceu com você? É uma pessoa totalmente diferente agora.

Ao ouvir a deceção gelada e penetrante em sua voz, meu sangue pareceu congelar.

— Não fiz! Eu não a empurrei.

— Vais negar agora? — Aníbal explodiu subitamente. — Só vocês duas estavam aqui! Quem mais poderia ser? Será que Carolina caiu sozinho? Você acha que a Carolina se jogou no chão de propósito? Ela valoriza este filho mais do que a própria vida!

Desabei na cama com meus lábios tremendo.

— Então, você não acredita em mim...

— Como você quer que eu acredite em você?"

Ele me puxou para longe da cama, colocou Carolina na cama e começou a ligar impacientemente para o médico da família.

— É melhor rezar para que ela e o bebê estejam bem!

O médico chegou apressado e fez um exame cuidadoso em Carolina.

— Não é nada preocupante, mas ela precisa ficar de repouso absoluto por dois dias.

Aníbal perguntou humildemente ao médico sobre todos os cuidados necessários: restrições alimentares, repouso, exercícios adequados.

Ouvia com toda a atenção, anotando tudo num caderno para não se esquecer de nenhum detalhe.

Quando o médico terminou, ele ainda fez questão de acompanhá-lo até à porta

— Aníbal certamente vai ser um excelente bom, não é verdade?

Carolina, recostada na cama, lançou-me um olhar do canto e, com um sorriso vitorioso, acrescentou.

— Não foi em vão que o droguei para que se tornasse o pai do meu filho.

Olhei para ela, chocada, e apontei para a sua barriga.

— Está a dizer que a criança que carrega não é do Aníbal? Você ainda o drogou? Maldita, como se atreve?

Carolina levou a mão à boca, sabendo que havia dito a coisa errada, mas logo recuperou a arrogância.

— E daí que você saiba? Isso não muda nada. O melhor é ser esperta e ir embora!
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