Já se passaram duas semanas desde que cheguei ao País A.
Agora estou instalada em uma cidade pequena, onde o ar é fresco e agradável, a vida é tranquila, exatamente como eu gosto. Aluguei uma pequena loja e abri a minha própria cafeteria. Com a rotina do dia a dia, raramente me lembrava do Aníbal.
Imagino que o Aníbal, Carolina e o filho deles estejam vivendo felizes. Mas, sempre que penso neles, o coração que eu acreditava já estar dormente volta a doer em silêncio.
Nesse momento, um homem entrou na cafeteria com um gatinho fofo nos braços.
— Com licença, esse gato é seu? Ele estava na porta da loja, quase se perdeu.
O gatinho fez um grunhido adorável e eu não pude deixar de tocar suavemente suas orelhas fofas.
— Não, não é meu gato.
— Então deve estar perdido, ou um gato vadio.
O homem suspirou e perguntou hesitante.
— Você gosta de gatinhos? Você quer adotá-lo?
De repente, em algum lugar do meu coração, fui gentilmente tocada — não é má ideia ter por perto um animalzinho fofo