Ela sentiu os olhos marejarem. Ele estava abrindo seu coração, do jeito dele, da maneira torta que só Yanek conseguia. Mas era real. Era sincero.
E era tudo o que ela precisava ouvir.
Mas então, ele deu um passo à frente e disse, sua voz mais baixa, quase rouca:
— Pense nisso por hoje.
Ela franziu a testa.
— O quê?
— Só pense. Não tome uma decisão agora — ele continuou, sua mão subindo até segurar de leve o braço dela. — Eu tive um dia estressante. Não quero finalizá-lo assim.
Babi sentiu o toque quente dele contra sua pele e fechou os olhos por um segundo.
— Yanek…
— Durma bem. Pense sobre isso. Amanhã, nos encontramos na minha casa e decidimos o que fazer.
Ela engoliu em seco, sentindo seu coração oscilar entre esperança e medo.
— Você está apenas adiando o inevitável — murmurou.
Ele sorriu de leve, mas não disse nada. Apenas passou os dedos pelo rosto dela com delicadeza, em um gesto inesperadamente carinhoso.
— Amanhã, Babi.
Ela sentiu as palavras dele