Capítulo 47 - Floresta assombrada

Se eu perdesse a consciência mais uma vez nas próximas 24 horas, podia me considerar uma garota morta, meu corpo não teria mais forças para acordar.

Era madrugada, e eu novamente largada no chão da floresta perto de uma fogueira e também de Perséfone. O cansaço tinha piorado, mas me sobressaltei com um grande sorriso, espalhando as folhas ao pular. Um sapo coaxou, uma criatura horripilante uivou. Eu tinha voltado a ouvir. Não pude segurar a risada, e depois veio um choro histérico de alívio misturado a angústia. Perséfone me observa do seu canto, calada, não dormia.

Ela fez alguma coisa comigo, restaurou minha audição. Claro que minha vontade era de me jogar aos seus pés em agradecimento, mas me limitei a sustentar seu o

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