Isabela também não dormia, apenas estava deitada na cama.
Quando Jorge entrou, ela o viu pela janela.
Ela olhou para ele.
Jorge estava parado ao lado da cama, também olhando para ela:
— Eles não me expulsaram, nem me xingaram.
Isabela perguntou:
— Você gostaria de ser xingado?
Sua voz estava muito baixa, quase como um fio, tão frágil que parecia que qualquer esforço maior poderia fazê-la se quebrar.
Jorge respondeu suavemente.
Se alguém o xingasse, dizendo que ele não valia nada, que não conseguia cuidar nem da própria esposa, nem manter os filhos ao seu lado...
Talvez isso fizesse seu coração se sentir um pouco mais leve.
Ambos queriam olhar um para o outro.
Não havia palavras, mas o entendimento silencioso entre eles era claro, o desejo de falar muito, mas sem saber por onde começar.
Pedir desculpas ou tentar consolar o outro só tornaria tudo mais doloroso.
Ambos, em um acordo tácito, evitaram tocar nesse assunto.
— Você parece muito cansado. Venha dormir um pouco comigo. — Isabela f