— Ela está melhor? — Jorge perguntou.

Caio suspirou e respondeu:

— Ela está descansando no quarto. Embora converse conosco, posso perceber que ela está fazendo isso para não nos preocuparmos, tentando passar uma boa impressão por nós.

Jorge abaixou lentamente a cabeça:

— Eu vim para pedir seu perdão. Não cuidei dela como deveria.

Caio, sendo homem, também podia sentir que Jorge estava sofrendo, e como poderia culpá-lo? Não tinha como ser cruel:

— Todos nós já entendemos, e, no futuro, teremos mais netos.

Ao dizer isso, Caio se virou.

Apesar da idade avançada, seus olhos estavam vermelhos.

Ele havia feito de tudo para preparar a nova casa rapidamente, justamente para quando o filho chegasse, ter um lugar para brincar.

Agora, tudo estava pronto, mas o filho já não estava mais ali.

Às vezes, era melhor não esperar demais de uma situação.

Quanto mais se esperava, maior a decepção.

— Posso ficar aqui? — Um homem que nunca demonstrou medo agora estava visivelmente nervoso.

Com receio de ser