Isabela puxou os cantos da boca num sorriso tênue.
Mandou a mensagem quase que por impulso: [Quando você volta?]
Imediatamente se arrependeu. Não cabia a ela questionar sobre os deslocamentos do chefe, e o questionário parecia ultrapassar limites. Tentou apagar a mensagem, mas já havia passado um minuto. Era impossível deletar.
Envergonhada, estava prestes a deixar o celular de lado quando recebeu um áudio. Ao abrir, ouviu uma voz grave e rouca, como se tivesse acabado de acordar ou estivesse embriagada: [Amanhã.]
Isabela respondeu quase por reflexo: [Vou te buscar no aeroporto.]
A resposta veio rápida: [Ok.]
Mal colocou o aparelho na mesa, o toque voltou a soar. Atendeu e ouviu Danilo:
— Sandro te importunou?
— Não. — Respondeu laconicamente.
— Onde você está? Vou aí. — A voz dele transbordava preocupação.
Isabela estava exausta físicamente e mentalmente, sem forças para lidar com mais ninguém. Então ela recusou:
— Já voltei para casa. Estou cansada, não quero sair.
— E amanhã? Podem