Já fazia meses. Ou ela estava na cama, ou estava na cadeira de rodas. Ela sentia que não era muito diferente de uma pessoa com deficiência.
Isabela tentou consolá-la:
— Daqui a um mês tudo vai melhorar.
— Mas um mês... Vai ser tão difícil!
Desde que engravidou, ela se sentia angustiada. Já eram meses de sofrimento, e depois que o bebê nascesse, ainda teria que passar mais um mês nessa situação. Só de pensar nisso, já se sentia mal.
Isabela, percebendo o estado emocional dela, decidiu ficar um pouco mais. Só à noite ela foi embora.
Ela voltou para a casa dos pais.
No dia seguinte, foi ao trabalho. Como morava perto da empresa, deixou as malas em casa antes de seguir para o escritório.
Ela levou presentes para as colegas de trabalho.
Eram perfumes e cosméticos, coisas que as mulheres normalmente usariam e gostariam.
Leonardo, vendo que todos estavam com presentes, mas ele não, perguntou:
— E o meu?
Isabela respondeu:
— Você não tem.
— Por quê? — Leonardo estava confuso. Todos tinham, mas