— Claro que sim. — Jorge prendeu o cinto de segurança dela, mas não se afastou. Ele ficou com os olhos baixos, fixos nos lábios dela, e no segundo seguinte a beijou de leve.
Isabela voltou à realidade, sentindo um doce calor no peito, mas logo se deu conta de que não era o melhor lugar para aquilo. A entrada do escritório de advocacia estava movimentada, quase hora de todo mundo sair... Seria constrangedor se algum colega visse.
— Hum... — Ela empurrou de leve o peito de Jorge. — Já chega...
Jorge afastou os lábios, fechou a porta do carro e entrou do lado do motorista.
— Vamos para casa? — Ele perguntou.
Isabela confirmou com a cabeça.
Ele ligou o carro, mas notou a caixinha de presente em suas mãos, então perguntou:
— O que tem aí dentro?
Isabela olhou para o embrulho e disse:
— Não sei. Ganhei de presente.
Enquanto falava, já foi abrindo.
Dentro tinha um colar de ágata vermelha, da coleção de trevo-de-quatro-folhas daquela marca famosa.
Isabela sorriu de canto. A cor era bem festiva