Jorge não controlou a força.
Clara acabou sendo empurrada e caiu no sofá.
Ela, toda manhosa, reclamou para a mãe:
— Mãe, está vendo ele?
— Chega, venha comigo para o quarto. — Alícia se levantou.
— O quê? — Clara não entendeu. — Por que a gente vai para o quarto do nada?
— Para ligar para o seu pai. — Alícia puxou a filha pela mão.
Assim que entraram no quarto e fecharam a porta, Clara virou o rosto, curiosa:
— Ligar para meu pai não precisa de segredo, né? Mãe, está querendo me contar alguma coisa?
No fundo, ela tinha certeza de que, para a mãe, ela ainda era a prioridade.
Com certeza tinha uma conversa especial guardada só para ela.
Nem Jorge nem Isabela podiam ouvir.
Pensando naquilo, o coração dela se encheu de expectativa.
Alícia se sentou no sofá do quarto e respondeu:
— Que nada, menina. Não tem segredo nenhum. Seu irmão está ocupado, a Isa também... Eles quase não têm tempo juntos. A gente tem que dar mais espaço para os dois.
Assim, quem sabe ela ganharia logo um netinho.
Clar