Viviane virou o rosto e o escondeu no colo de Isabela, com os ombros tremendo levemente.
Isabela acariciava seu ombro com delicadeza.
— O vovô não vai poder conversar comigo de novo... — Ela levantou o rosto, os olhos marejados, tomados pela tristeza. — Isa, eu estou com medo... Muito medo de perder ele. O médico disse... — Ela engasgou com o choro. — O médico disse... Que o coração dele pode parar a qualquer momento...
Ou seja, o professor Davi podia morrer a qualquer instante.
O coração de Isabela apertou com força.
Um nó amargo subiu pelo nariz. Ela tentou abrir a boca, com a voz falhada, mas nenhuma palavra saiu.
— Mesmo que ele não acorde mais... Se eu puder ver ele ali, saber que ele ainda está aqui, que quando eu quiser olhar para ele, eu posso... Isso já me basta...
Isabela continuou acariciando o ombro dela.
— Os médicos só estão sendo realistas. Mas... Vai que acontece um milagre, né?
Ela dizia aquilo para consolar Viviane, mas também para se consolar.
Jorge chegou trazendo a