Jorge só acordou às nove.
Ele estava com dor de cabeça, o corpo todo meio mole, e ao notar a camisa toda amassada em que ainda estava vestido, fez uma cara de puro desgosto.
— Por que você não tirou minha roupa? — Perguntou ele.
— Ontem eu também estava morrendo de sono. Queria até te ajudar, mas acabei dormindo e esqueci.
Jorge levou a mão à testa e massageou entre as sobrancelhas.
— Está com fome? Quer comer alguma coisa antes? — Perguntou Isabela.
Ele balançou a cabeça.
— Vou tomar um banho primeiro. — Ele respondeu, saindo da cama descalço e indo direto para o banheiro.
— Te espero na sala, então. — Disse ela.
Logo o som da água correndo tomou conta do ambiente. Isabela fechou a porta, abafando o barulho.
Abriu as cortinas.
O dia estava lindo, com o sol brilhando lá fora.
Mas a rua ainda parecia um pouco úmida.
Ia precisar de mais uns dias assim para secar tudo. A chuva anteontem tinha sido forte demais.
A porta do banheiro se abriu, e o vapor perfumado de sabonete líquido se espal