Ela se assustou por um instante.
— Quem é?
— Sou eu.
Era a voz do Jorge. Ela suspirou aliviada.
Parecia que quando a gente estava pelada, a sensação de segurança sumia completamente.
— Já terminou de comer tão rápido?
Jorge tinha acabado de acordar e, como não estava com muita fome, só tomou uma tigela de sopa.
Por isso subiu tão rápido.
— Sim. O que você está fazendo? O médico falou que seu ferimento não pode molhar.
— Eu estou cuidando. — Respondeu Isabela.
Jorge franziu a testa e perguntou:
— Você está tomando banho?
— Sim... — Murmurou ela baixinho.
— Eu te ajudo. — Disse ele, enquanto tentava girar a maçaneta.
Mas a porta estava trancada.
Ele arqueou uma sobrancelha.
— Isa...
— Eu consigo sozinha. — Ela se encolheu, abraçando o próprio corpo. Só de pensar nele a ajudando... Que vergonha!
Ela não queria aquilo de jeito nenhum.
Mesmo que eles já tivessem uma certa intimidade, do jeito que ela estava naquele momento... Não era nada bonito. O ferimento estava horrível.
Ela não queria