A porta se abriu, mas Leonardo ainda estava parado na entrada, sem ter ido embora.
Seus olhos, que antes pareciam sem vida, ganharam um pouco de brilho ao ver Isabela sair.
— Mana... Você não teria coragem de ser tão cruel comigo, teria? Não vai mesmo me deixar aqui nesse frio, né? Você se importa comigo, né? Mana...
Isabela o interrompeu e disse diretamente:
— Você entendeu errado. Eu só saí para pegar uma encomenda.
Depois daquilo, ela fechou a porta e foi em direção ao local de entregas.
Leonardo sentiu mais uma vez aquele golpe no coração.
Quando ela já estava quase chegando ao depósito, ouviu uma voz atrás dela:
— Com licença, pode esperar um instante?
Isabela se virou.
— Por que você trata o nosso jovem mestre com tanta frieza assim? — Perguntou a empregada da família Moura, que tinha visto Leonardo crescer e nunca o viu ser tratado daquela forma. — O nosso Sr. Leo gosta de você. Isso é uma bênção para sua vida. E mesmo assim você faz ele sofrer desse jeito? Isso é muita ingratid