— Eu vou explicar tudo para ela. — Jorge se abaixou e a levantou, caminhando em direção ao quarto.
Isabela estava se sentindo mal, com o rosto enterrado no pescoço dele.
Ela murmurou, repetindo baixinho:
— Desculpa.
— Não é sua culpa, você não sabia que ela iria. — Jorge empurrou a porta do quarto, e a luz e sombra passaram rapidamente por seu rosto. O perigo nos seus olhos desapareceu em um instante. — O que disseram para você na família Moura?
— Não disseram muita coisa, só disseram que eu cuidei do Leonardo, e me agradeceram...
Foi só naquele momento que Isabela sentiu que algo não estava certo.
Famílias como a família Moura, na verdade, não precisariam convidar ela especialmente.
E muito menos a convidariam para ir à casa deles.
Mas se não fosse para agradecer, por que ela estaria lá? Ela mal conhecia a família Moura.
E, além disso, a vida deles era tão diferente da dela.
— O que será que eles querem dizer com isso? — Isabela levantou o olhar.
O que ela viu foi o queixo firme de Jo