Leonardo ainda segurava aqueles dois lencinhos de papel nas mãos.
Ele entrou no carro e, por várias vezes, quis perguntar a ela por que tinha ficado tão triste mais cedo. Mas, ao olhar para o rosto dela, simplesmente não conseguiu.
Isabela ligou o carro novamente.
O veículo foi se juntando devagar ao fluxo do trânsito.
De repente, o celular que estava no painel começou a vibrar.
Como Isabela estava dirigindo, conectou no Bluetooth do carro. Logo a voz animada de Lara ecoou do outro lado:
— Isa! Hoje levei seu pai no médico e adivinha quem eu vi?
Isabela respondeu sem emoção:
— Quem?
— A Maria! — Lara falou sílaba por sílaba, e em seguida caiu na risada.
O tom dela cheio de sarcasmo e satisfação era tão evidente, que Isabela conseguia sentir mesmo pela ligação. Leonardo, ao lado, percebeu também.
— E você não vai perguntar o que ela estava fazendo no hospital? — Lara insistiu, frustrada com a falta de entusiasmo da amiga.
— Estou dirigindo. — Respondeu Isabela, sem emoção.
— Ah, então e