Isabela terminou de falar e se sentou.
Sandro olhou para ela, mas não respondeu nada.
Ele voltou a se sentar no lugar dele.
A mulher, impaciente, insistiu:
— Doutor, ela só falou bobagem! Eu dei a vida para ela, isso já foi o maior favor que podia ter feito!
Sandro só escutava aquela voz irritante zunindo no ouvido.
Ele olhou para a mulher e perguntou:
— Você não sente vergonha de tratar sua filha assim?
— O quê? — A mulher arregalou os olhos. — Você é advogado de quem, afinal? Está do lado de quem?
Será que ele tinha noção do que estava fazendo?
Sandro respondeu com calma:
— O juiz, levando em conta que você é a mãe, não vai te dar uma punição pesada, mas vai determinar que devolva os bens.
A mulher ficou sem palavras. Ela mexeu os lábios, mas não disse nada. Estava claro que não queria devolver o dinheiro.
Sandro a encarou. Ele já tinha lidado com muitos casos, já tinha visto de tudo.
Mulheres egoístas como aquela, ele já tinha visto de monte e nem se surpreendia mais.
— Faça o mínim