A mulher abaixou os olhos, escondendo as emoções profundas que estavam ali, sorrindo, e disse: — Fique tranquilo, desde que você tenha espaço no seu coração para mim e para o nosso filho, eu nunca vou te colocar em uma situação difícil. — Ela demonstrava ser muito compreensiva. — Eu não vou ser um fardo para você, nem um problema. Vou esperar por você aqui, e quando tiver tempo para me visitar, já vou estar feliz com isso.Décio era completamente cativado por aquele tipo de atitude.O temperamento de Maria era mais explosivo.Mas com aquela mulher, ele finalmente entendeu o que era ter a sensação de um carinho suave e delicado.— Fique tranquila, eu não vou te abandonar. — Décio deu um leve tapinha na mão dela, tentando acalmar ela.Ela se encolheu no abraço dele, sua voz suave:— Me dá um abraço. Quando você não está aqui, meu coração fica vazio.Décio adorava quando ela se mostrava tão carinhosa.Estar com uma mulher jovem fazia com que ele se sentisse mais jovem também.Décio a lev
Embora eles e a família Neves não estivessem no mesmo nível, subir de nível era ainda mais impressionante.— Ela voltou para te seduzir? — Maria perguntou.Sandro virou a cabeça e desviou o olhar da mãe. Ele estava irritado com ela, com aquelas lições de vida que sempre dava a ele.Era a primeira vez que Sandro deixava o orgulho de lado e encarava seus próprios sentimentos.— Eu nunca parei de gostar dela. — Ele respondeu.Maria ficou em silêncio, quase sem palavras.Ela já estava prestes a explodir de tanta raiva.— Eu já te avisei, eu não permito! Nunca vou permitir que você se case de novo com a Isabela. Se você fizer isso, eu me mato na sua frente. Não importa se você ainda a ama, tem que esquecer ela!Maria já estava completamente furiosa.Sandro olhou para a mãe com um olhar fixo.— Então você quer que eu morra?— Você...Maria colocou a mão no peito, quase tendo um ataque.— Se acalme e pense direito! — Maria gritou, saindo da sala.Diante daquela situação, ela não ia conseguir
Maria estava prestes a procurar Isabela, mas não esperava encontrar ela justamente ali.— Que coincidência! — Ela caminhou em direção a Isabela.Alícia foi bloqueada por alguém, e Maria não a viu, pensando que Isabela estava sozinha. Como não havia ninguém ao lado dela, Maria a agarrou e a puxou para o corredor.Isabela puxou o braço para se soltar.— O que você está fazendo?— Você... — Maria falou em tom alto, mas ao perceber a situação, se deu conta de que poderia atrair atenção, então baixou a voz. — Não se atreva a seduzir meu filho de novo. Eu te aviso, se você tentar de novo, vou fazer sua vida um inferno! — As palavras de Maria estavam cheias de ameaça.— Você está louca? — Isabela riu com desprezo.Ela mal se deu ao trabalho de responder a Maria.Maria, teimosa, não acreditava nela e continuou:— Se não fosse você seduzindo ele, Sandro teria vontade de reatar o casamento com você? E até mesmo cancelar o noivado com a filha da família Neves? Foi você quem mexeu com ele, incitou
Mas naquele momento era diferente. Ela tinha se divorciado de Sandro, e ainda assim ele a mimaria? A deixaria fazer o que quisesse?Impossível!Ao pensar na amante de Décio que estava prestes a dar à luz, ela esboçou um sorriso frio.Ela queria ver como Maria ainda conseguiria se comportar de forma arrogante.Isso, sem contar que a mãe de Jorge ainda estava por perto. Isabela ajustou a expressão e voltou para dentro.Alícia viu Isabela acenando para ela.— Alícia. — Isabela se aproximou.— Vamos lá para cima. — Disse ela. — Lá em cima tem outras obras.— Certo. — Isabela concordou com a cabeça.Alícia a conduziu escada acima, com Isabela logo atrás.Logo chegaram ao segundo andar, que também era uma galeria, embora com menos quadros do que o andar de baixo.— Essas obras, normalmente não são vistas, são todas de coleções privadas. — Alícia comentou com Isabela.Isabela, com uma expressão curiosa, respondeu:— Entendi.— Mas algumas são retiradas para exibição, porque estão à venda.— A
Do outro lado da linha, Clara começou a chorar, sem dizer o que tinha acontecido.— Alícia, se você tiver alguma coisa para resolver, pode ir tranquila. Eu pego um táxi para casa.Isabela percebeu que Alícia parecia preocupada e falou na hora certa.— Não precisa se apressar, vou te levar primeiro. — Respondeu Alícia, pedindo ao motorista que seguisse caminho.Isabela ficou meio sem graça.— Desculpa te incomodar.— Imagina, não precisa disso. — Respondeu Alícia, sorrindo.Quando o carro passou em frente ao escritório de advocacia, Isabela disse:— Pode parar aqui, por favor.Alícia pediu que o motorista encostasse.Isabela abriu a porta e desceu do carro.Alícia se inclinou um pouco para fora, olhou na direção do escritório e sorriu discretamente.— Pode entrar.Isabela se curvou levemente, num gesto educado.— Obrigada por me levar à exposição hoje. Eu gostei muito.— Eu devia ter sido mais esperta e te dado uns livros de direito, ia combinar mais com você. — Alícia sorriu.Isabela f
Cada um ficou ocupado com suas coisas durante o dia, mas à noite voltaram juntos do trabalho.Jorge disse, com um sorriso:— Eu paguei o almoço... Agora não está na sua vez?Isabela, sempre generosa, respondeu:— Venha na minha casa. Eu comprei ingredientes, dá para fazer o jantar.Era exatamente o que Jorge queria, então, claramente, não recusou.Isabela ficou responsável pela comida, enquanto Jorge, que já se sentia em casa, tirou o casaco e se jogou no sofá, à vontade.Da cozinha vinham os sons de Isabela cortando caranguejo.Jorge, recostado no sofá, virou o rosto e olhou na direção dela. Isabela usava um avental, e sob a luz, seu perfil parecia quase uma pintura, suave e cheio de calma.Seu corpo era tão perfeito que parecia ter saído direto de um mangá.O olhar de Jorge ficou mais intenso.Depois de mais de uma hora, Isabela colocou os pratos à mesa.Daquela vez, ela tinha preparado vários pratos a mais.Durante o jantar, Isabela comentou sobre a garota que havia atendido mais ce
Ela entrou na delegacia e logo encontrou seus pais. Ambos estavam com marcas no rosto.Lara estava melhor, mas os ferimentos de Caio pareciam graves. Seus olhos estavam inchados, o canto da boca roxo e havia um corte na bochecha.— Que aconteceu? — Isabela perguntou com dor no coração.— Eles compraram coisas e não pagaram, ainda arranjaram encrenca, disseram que havia uma mosca no sushi. E, olha, não é verão, onde é que teria mosca? Eles ficaram criando confusão e ainda exigiram que pagássemos, mas eu e seu pai não aceitamos, então eles partiram para a violência e começaram a destruir a nossa barraca. — Lara explicou.Isabela segurou a mão de Lara e falou com uma voz suave e reconfortante:— Foi eles que começaram?— Sim, eles começaram. — Lara assentiu com força.— Foi vocês que começaram! Seus alimentos não são limpos. Comemos o sushi que vocês venderam, ficamos com dor de estômago e isso pode até ameaçar nossas vidas. Vocês têm que pagar por danos morais, custos médicos, perdas de
— Entendi.Ela estava prestes a dar um passo quando Jorge puxou o braço dela e perguntou:— Quer que eu pegue uma faca para você?Isabela ficou sem palavras.A polícia e os dois vândalos também ficaram em silêncio, sem saber o que fazer.O que estava acontecendo aqui?Caio disse, preocupado:— Isa, não seja impulsiva, ainda não sabemos o que está acontecendo...— Pai, eu sei. — Isabela sorriu para ele. — Eu não vou. Se eu for, ela vai achar que somos fáceis de manipular, e vai vir atrás de mais problemas.Ela também precisava esclarecer as coisas com a Maria e o Sandro.Ela nunca disse que queria reatar o casamento.Então, não adiantava usar aquelas táticas com ela!Quando foi à delegacia, Jorge foi dirigindo.Isabela pegou a chave do carrp dele, agradeceu e saiu apressada.Ela dirigiu direto para a casa da família Marques.O objetivo era claro: encontrar a Maria.A casa da família Marques estava iluminada, ainda não haviam dormido.Ela bateu na porta.Quem atendeu foi Sandro. Ao ver q