Clara ficou paralisada ao ouvir a voz de Milena.
Como assim... Era uma mulher?
Será que tinha ouvido errado?
— Quem... Quem é você? — Perguntou ela, insegura.
Milena desenhava círculos no cobertor com o dedo, enquanto um sorriso cruel se formava no canto dos seus lábios.
— A gente se viu na sua festa de noivado. Ah, não... Eu vi você. Você só me viu naquele telão enorme.
— É você! — Clara finalmente percebeu quem era, e seu rosto empalideceu. — Mas... Você estava na prisão?
— Eu só cometi um errinho, nada grave. Não foi pena de morte, né? Claro que eu ia sair em algum momento. — Milena lançou um olhar rápido na direção do banheiro, de onde o barulho do chuveiro tinha acabado de cessar.
Na mesma hora, ela mudou completamente o tom.
— Vou passar o celular para o Sandro.
Ela saiu da cama.
Clara sentiu que ia surtar.
— Ele... Ele está tomando banho? Vocês... O que vocês fizeram?! Sua vadia sem-vergonha!!
A porta do banheiro se abriu.
Clara rapidamente mudou a expressão, fazendo cara de ass