Por um momento, Isabela achou que estava enxergando coisas.
— Vamos embora. — Disse Jorge, já caminhando à frente.
— Para onde? — Perguntou ela, confusa.
— Se o seu chefe manda fazer, você faz, sem perguntas. — Respondeu ele, apressando o passo.
Isabela acelerou para acompanhar ele e arriscou uma observação:
— Dr. Jorge, posso dar uma sugestão?
— Fale. — Ele continuou andando, nem ao menos olhando para trás.
— Será que o senhor poderia andar um pouco mais devagar?
Jorge parou abruptamente e se virou para encarar ela, os olhos a examinando de cima a baixo até pousarem em suas pernas. Com uma expressão séria, ele disparou:
— Ah, então é por isso... As pernas são curtas.
Isabela ficou sem palavras, atônita.
Ela sempre foi considerada alta para os padrões femininos e até tinha um corpo proporcional, com cintura fina e quadris largos, quase como o de uma modelo. Como assim "pernas curtas"?
Mesmo assim, Jorge reduziu o ritmo, e ela pôde finalmente acompanhar seu passo sem precisar correr.
Lo