— Não poderia me chamar de outra forma? — Perguntou Jorge, nitidamente desconfortável com a formalidade que Isabela mantinha. — Parece que sou apenas seu chefe...
— Mas você é o meu chefe. — Respondeu ela com naturalidade, sem compreender por que aquilo o incomodava tanto. Na sua visão, a maneira como o tratava estava perfeitamente adequada à relação profissional que mantinham.
Jorge permaneceu em silêncio por alguns instantes antes de sugerir com voz mais suave:
— Pode me ver como um amigo também.
Isabela piscou várias vezes, confusa com aquela proposta inesperada. Nem sequer tinha bebido durante o jantar, então o que estaria acontecendo com ele? Além disso, não conseguia entender por que a forma respeitosa como o tratava parecia incomodá-lo tanto. Mesmo que fossem amigos, Jorge era alguém que ela admirava, e acreditava que deveria sempre demonstrar esse respeito.
...
Ao chegar em casa, Isabela se deitou na cama com a mente ainda fervilhando de pensamentos sobre o caso jurídico. Por