Isabela interrompeu o gesto de se despir. A lembrança de Danilo se aproximando lhe invadiu os pensamentos como uma onda violenta, provocando um tremor involuntário em seu corpo. Mesmo com tudo já terminado, o impacto daquela experiência persistia, impossível de ser apagado tão rapidamente.
Esforçando-se para não alarmar Viviane, que aguardava do outro lado da porta, controlou a respiração e respondeu com voz aparentemente firme:
— Não...
Viviane exalou profundamente, sentindo o peso da preocupação diminuir um pouco.
"Graças a Deus", pensou consigo mesma. "Se algo irreparável tivesse acontecido, jamais me perdoaria."
No chuveiro, Isabela esfregava a pele com tanta força que a deixou avermelhada e sensível. Porém, não importava quanto se lavasse, aquela sensação de impureza persistia, incrustada além da superfície que a água poderia alcançar.
Após um banho demorado, finalmente saiu do banheiro já vestida. Enquanto secava os cabelos úmidos com uma toalha, o som de batidas na porta interr