Yasmin ficou momentaneamente atordoada.
Seus olhos se desviaram, evitando o olhar direto.
— Srta. Coutinho, se você não conseguir explicar direito, vou ter que conversar com seus pais. — Jorge disse com um olhar frio. — Está espalhando boatos sobre mim agora?
— Não é isso! — Yasmin nunca se sentiu tão constrangida como naquele momento. Nem mesmo quando sua declaração de amor foi rejeitada, ela se sentiu assim.
— Eu ouvi sem querer enquanto seu pai e sua mãe conversavam. — Yasmin virou o rosto, incapaz de encarar Jorge. Suas mãos, pendendo ao lado do corpo, estavam cerradas em punhos tão firmes que os nós dos dedos ficaram brancos.
Jorge franziu a testa.
Do outro lado, Clara viu Jorge conversando com Yasmin e, sem pensar duas vezes, soltou um palavrão:
— Cunhada, vou chamar meu irmão antes que essa mulher interesseira fique grudada nele.
Isabela segurou Clara pelo braço:
— Não precisa.
Ela nem sequer olhou na direção em que estavam Jorge e Yasmin.
— Por quê? — Clara perguntou, confusa.