Fernanda permaneceu sentada na calçada, sem se importar com os olhares dos curiosos, ignorando as risadas e as filmagens. Continuava ali, chorando e reclamando, completamente absorta em si mesma, sem pensar nos filhos.
O pai de Tomas chegou mais de uma hora depois. Nesse momento, já havia uma multidão ao redor. Ele atravessou o grupo de pessoas, se aproximou da esposa e, vendo sua teimosia, ficou visivelmente irritado:
— Volte para casa agora! O que você está fazendo aqui? O Tomas ficou tão nervoso que me ligou quase chorando...
— Ele chorou? E por que ele choraria? — Rebateu Fernanda imediatamente. — Não foi ele quem me deixou aqui na rua? E ainda tem coragem de chorar?
O marido, que conhecia bem o temperamento da esposa após décadas de convivência, sabia muito bem como ela era. Além disso, Tomas havia explicado a situação ao telefone.
— Foi você quem quis descer do carro. Não coloque a culpa no nosso filho.
— Mesmo que eu tenha pedido para descer, ele não deveria ter me deixado aqui!