Quem poderia entender o que Fabiano sentia naquele momento? Era uma sensação ainda mais desesperadora do que quando se divorciaram. Naquela época, havia esperança, havia algo que ele poderia tentar recuperar. Agora, não restava mais nada. Nenhuma esperança.
Ele sentia como se estivesse flutuando, sem chão. Nem sabia como conseguiu sair de lá. Apenas caminhava sem rumo pelas ruas, com a mente completamente vazia.
Luan dirigia o carro quando, de repente, alguém surgiu à frente. Ele se assustou e pisou no freio com força.
Os pneus chiaram no asfalto, soltando um cheiro desagradável de borracha queimada.
— O que aconteceu? — Perguntou Jorge, que estava no banco de trás, franzindo a testa.
Luan respondeu:
— Acho que atropelei alguém.
Ele desceu do carro rapidamente e viu que realmente havia uma pessoa caída na frente do veículo. Se aproximou e se agachou para verificar a situação de Fabiano. Ao reconhecer o rosto dele, Luan foi imediatamente avisar Jorge:
— Acho que atropelei um amigo da I