Capítulo 3
Marcelo, alheio à minha reação, me levantou facilmente.

— Senhora, não se mova. Vou levá-la para dentro.

Envolta pela sua presença, cheirei discretamente o ar.

Dentro do quarto, o cheiro dos momentos anteriores ainda pairava no ar.

Lembrei do estado da cama. Ao me colocar no quarto, Marcelo viu a mancha.

Ele sorriu, compreendendo. — Senhora, seu marido parece não estar à altura.

Com o rosto em chamas, tentei cobrir a mancha com o lençol, gaguejando.

— Não, não é isso.

Marcelo sorriu, seus olhos brilhando com algo indescritível, e eu estava mortificada, querendo que ele saísse.

— Senhora, posso passar um pouco de pomada em seu pé, ou vai demorar para sarar.

Olhei para meu tornozelo inchado, a dor era intensa, então concordei.

— A pomada está na gaveta da mesinha de cabeceira.

Marcelo encontrou a pomada, seus movimentos destacando ainda mais seus músculos. Fiquei vermelha novamente.

Foi aquela mão que me levantou com facilidade?

Marcelo trouxe a pomada, ajoelhando-se para cuidar do meu pé.

— Senhora, pode doer um pouco.

Mordi os lábios e fechei os olhos. — Tudo bem, posso aguentar.

A pressão aumentou e a dor inesperada me fez gemer.

— Ah... mais devagar...

Marcelo parou, sorrindo maliciosamente. Olhei para ele, percebendo como havia sido ingênua. Cobri a boca rapidamente.

Mesmo assim, a dor me fazia respirar com dificuldade.

Eu havia fechado os olhos, mas abri ao sentir a dor. Vi algo na altura de sua cintura.

Era impossível não notar.

Marcelo parecia propositalmente exibir aquilo para mim.

Senti a boca secar, a respiração irregular, e imagens sensuais voltaram à mente.

Bebi um copo d'água, tentando acalmar a crescente excitação.

Respirando fundo, senti a pressão em meu tornozelo.

De repente, uma onda de calor percorreu meu corpo, e as pernas ficaram fracas.

A mancha se espalhou, e tentei cobri-la sem sucesso.

Marcelo observou, sorrindo. Sua mão se moveu devagar, parando na minha coxa.

— Senhora, vou massagear sua perna para ajudar a circulação.

Meus olhos se arregalaram ao sentir sua mão se aproximar.

Ele puxou a lateral da minha roupa, provocando um som embaraçoso.

Abaixei a cabeça, envergonhada.

Marcelo deu um aperto em meu quadril.

— Senhora, você é tão atraente. Se eu fosse seu marido, te trataria como merece.

Queria recusar, mas suas palavras me deixaram mais excitada. Em vez de empurrá-lo, relaxei.

— Não... isso não...

Minha voz saiu em um sussurro, quase como uma provocação.

Um calor percorreu meu corpo, e a umidade se espalhou.

Olhei para Marcelo, confusa e envergonhada.

Especialmente sob seu olhar intenso, queria me esconder.

Com uma mão, Marcelo me levantou e me levou ao banheiro, tirando meu casaco com um sorriso.

— Senhora, sua roupa está encharcada. Vou ajudar a trocar!

A lingerie ficou exposta, e ele me virou, ajoelhando-me no chão.

Mordeu levemente meu quadril, aumentando minha excitação.

— Não...

Mesmo me movendo involuntariamente, tentei resistir.

Ele tirou a calça, dando um tapa suave no meu quadril. — Senhora, vou te satisfazer!

Foi quando ouvimos Samuel chegar, chamando meu nome.

Imediatamente recobrei a consciência, levantando-me para sair do banheiro, mas Marcelo me segurou, fechando a porta com um estrondo.

Ele levantou meus braços, me pressionando contra a porta, meu corpo aderido à madeira.

— Não! Me solte, Marcelo!

A porta refletia sombras, Samuel poderia nos ver!

Lutei, mas Marcelo não me soltava.

— Senhora, não acha isso excitante?

Ele lambia meu ouvido, me fazendo arquear as costas.

Enquanto falava, deu um tapa no meu quadril, me forçando a abrir as pernas, entrando com um movimento firme...
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