Capítulo 2
Ao ouvir a voz de Marcelo, voltei à realidade, ajeitei minhas roupas rapidamente e me recompus.

— O que houve? — Tentei responder com uma voz calma.

— Senhora, poderia vir aqui um momento?

Lutei para controlar a reação do meu corpo, lavei o rosto e me preparei para sair.

Marcelo estava no jardim, impaciente. Vesti um casaco às pressas.

— Estou indo.

Caminhei lentamente até ele.

Ele sorriu e acenou, exalando uma aura irresistível. Eu já estava sendo atraída por ele antes mesmo de chegar perto.

— O que houve, Marcelo? — Tentei desviar o olhar, concentrando-me nas plantas ao redor.

Marcelo, com um serrote nas mãos, parecia exibir seus músculos enquanto dizia sorridente.

— Tem um galho aqui que não consigo alcançar sozinho. Pode me ajudar a puxá-lo?

Mordi os lábios e assenti, esticando-me para alcançar o galho e chamando Marcelo.

— Vem cá, já puxei pra você.

Marcelo se aproximou, manejando o serrote com habilidade, cortando o galho. Ele então apontou para outro lado.

Assenti e segui ao seu lado. A proximidade era tal que, ao tentar mostrar outro galho, acabei tocando seus músculos firmes.

Talvez por muito tempo sem contato masculino, senti minha boca secar ao tocar sua pele quente.

Marcelo não pareceu se importar e se aproximou ainda mais.

Meu coração batia como um tambor, e o calor de sua pele ficou nos meus dedos.

Comecei a examinar aquele corpo masculino com avidez, era incrível. Meus olhos percorreram desde seu pescoço até o abdômen e o espaço entre suas pernas.

Marcelo deve ser incrível na cama...

Imagens dele em momentos selvagens e intensos começaram a invadir minha mente. Como ele seria capaz de deixar uma mulher exausta, implorando por mais.

Esses pensamentos me chocaram. Como esposa, não deveria pensar assim!

Era loucura!

Sacudi a cabeça, tentando afastar essas ideias.

Marcelo não parecia notar a avalanche de pensamentos que sua proximidade havia desencadeado. Ele continuou sorrindo, me guiando para outro ponto que precisava de ajuda.

— Senhora, há muitas ervas daninhas aqui. Com o serrote, fica difícil. Pode ajudar a arrancá-las?

Assenti e me abaixei para arrancar as ervas daninhas, enquanto Marcelo fazia o mesmo atrás de mim.

Logo, terminei minha parte e, ao tentar levantar, cambaleei para trás.

Sem perceber, Marcelo já estava de pé, e acabei caindo em seus braços, meu corpo colidindo completamente com o dele.

Seus braços fortes me envolveram, roçando meu peito. A sensação elétrica me fez afastar rapidamente.

Samuel sempre gostou de tocar meu corpo, mas nunca me senti assim. Achei que não era sensível o suficiente.

Mas hoje...

A proximidade com Marcelo gerou uma onda de sensações intensas e novas.

O nervosismo, a excitação e a euforia vieram em cascata, e meu rosto se avermelhou.

Era óbvio que fazia tempo que não era tocada por um homem.

Afastei-me, repetindo mentalmente que era apenas a falta de contato.

— Senhora, está tudo bem? Seu rosto está tão vermelho.

Ele me olhava seriamente.

Senti-me envergonhada, incapaz de lidar com a ideia de responder ao toque de um estranho. Cobri o rosto e, cheia de vergonha, tentei fugir.

— Não estou me sentindo bem! Vou entrar. Se precisar de ajuda, procure outra pessoa!

Sem coragem de encará-lo, corri, mas quanto mais tentava, mais atrapalhada ficava.

Ao passar por Marcelo, torci o pé, a dor me fez estreitar os olhos, e caí.

Quando estava prestes a me machucar, Marcelo me segurou, preocupado.

— Senhora, está tudo bem? Torceu o pé?

A forte presença masculina me fez esquecer a dor.

Nos braços de Marcelo, senti meu corpo colado ao dele.

Meu Déus!

Meu coração disparou.

Senti um leve crescimento na pressão.
Continue lendo este livro gratuitamente
Digitalize o código para baixar o App
Explore e leia boas novelas gratuitamente
Acesso gratuito a um vasto número de boas novelas no aplicativo BueNovela. Baixe os livros que você gosta e leia em qualquer lugar e a qualquer hora.
Leia livros gratuitamente no aplicativo
Digitalize o código para ler no App