Álvaro
— Me desculpe! — Tento engolir a minha crise de risos. Respiro fundo para me controlar. Encaro o seu olhar irritado e seguro uma nova crise de risos. — É que nós não fizemos — confesso. Ela arregala os olhos e a sua boca se abre em surpresa.
— Nós não… — Meneio a cabeça, fazendo não. — Ai que alívio! — A garota relaxa em cima da sua cadeira, levando uma mão para o seu peito, e o ar passa livremente pela sua boca. Fixo o meu olhar nos seus lábios. — Oh! É… quero dizer, é um alívio não transar com você… digo, não com você, mas com o fato de você ser um homem desconhecido. Eu… ah… eu só quero dizer…
— Eu já entendi.
— Entendeu? — Seus lindos olhos negros fitam os meus em expectativas. Faço um sim com a cabeça. Contudo, ela franze a testa. — Se não transamos, por que eu estava em sua casa?
— Esse é o ponto. — Ela parece confusa. — Você bebeu todas, lamuriou bastante sobre coração partido, traição, blá, blá, blá…
— Ai meu Deus que vergonha