O prato de comida que Suzana havia deixado ali pela manhã estava intocado. Como os outros.
Me aproximei devagar. - Diana... você precisa comer - murmurei, me agachando ao seu lado no canto do quarto, onde ela permanecia imóvel há horas. Ela não respondeu. Fiquei ali, em silêncio, esperando uma reação. Qualquer sinal. Mas seus olhos antes vivos, desafiadores agora estavam opacos, vazios, fixos em um ponto indefinido além da janela. Era como se ela estivesse presa em algum lugar muito distante, um lugar onde eu não conseguia entrar. - Só um pouco... - insisti, com a voz baixa, tentando não pressioná-la. - Seu corpo ainda está se recuperando. Precisa de força. Ela fechou os olhos com força, como se minhas palavras fossem facas rasgando algo dentro dela. - Não me peça isso - disse enfim, num sussurro rouco, quase irreconhecível. - Não me peça