Após darmos a notícia à minha família de que, em breve, seremos três, fui invadido por uma felicidade silenciosa e intensa. Todos receberam a novidade com alegria, mas nada se comparava ao brilho nos olhos da minha mulher aquilo, sim, era o que me fazia transbordar por dentro.
O almoço em família à beira da piscina teve um gosto diferente. Um gosto de paz, de gratidão, de pertencimento. Era como se, pela primeira vez em muito tempo, tudo estivesse no lugar certo. Mesmo com a despedida da minha irmã, a alegria permaneceu em casa.
Marcamos a primeira consulta da obstetra e, ao ouvir que nosso bebê estava bem, senti o mundo desacelerar. Aquilo me deu forças, mais do que qualquer vitória profissional. Tudo o que importava agora era ela. Ela e o pequeno ser que crescia em seu ventre.
Fiz questão de deixá-la na faculdade, ainda que meu instinto gritasse para mantê-la perto, em casa, protegida. Mas eu havia aprendido com os próprios erros: ela precisava continuar sendo ela. Livre. Independen