Vivianne

Já se passaram dias desde que vi Rodrigo com aquela mulher. E não foi qualquer mulher. Foi ela. Aquela maldita negrinha metida que ousou aparecer ao lado dele em um restaurante de luxo como se fosse alguém. Como se pertencesse àquele mundo. Como se fosse... minha substituta.

Desde então, minha cabeça não para. A raiva corrói cada célula do meu corpo. Eu preciso destruir essa mulher. Preciso arrancá-la da vida de Rodrigo como se fosse um vírus. Ele é meu. Sempre foi. E ninguém — absolutamente ninguém — rouba o que é meu sem pagar caro por isso.

Não sei quem ela pensa que é. Aquela pele escura, aquele jeito de coitadinha, de mulher sofrida... deve ser golpista. Só pode. Deve estar de olho no dinheiro dele, se fingindo de inocente enquanto tenta se enroscar no homem que eu levei anos moldando. Rodrigo é rico, bonito e poderoso. Ela? Ela é o quê?

Nada.

E vai voltar a ser nada.

Hoje, comecei meu plano. Liguei para um detetive particular que o Franklin uma vez mencionou em um