A noite caía pesada sobre Chicago.
Eram quase 23h quando André surgiu no corredor silencioso do hospital. As luzes frias refletiam nos azulejos polidos, e o cheiro de desinfetante pairava como uma névoa constante. A calmaria aparente contrastava com a tensão que ele carregava nos ombros.
Felipe estava sentado na cadeira da antessala do quarto de Alice. Não havia ido para casa, não havia descansado. Pastas abertas, documentos, um notebook ligado sem uso. Mas o olhar dele estava distante, fixo em nada, ou talvez em tudo.
Os passos de André foram suficientes para tirá-lo do transe.
— Os lobos que estavam com ela se recuperaram. — disse o Beta, a voz baixa, séria. — Estão todos bem.
Felipe assentiu devagar.
— E o que descobriu? — perguntou, sem rodeios.
André respirou fundo antes de responder.
— O ataque foi coordenado. Muito coordenado. — explicou. — Há indícios de que o Conselho esteve envolvido. Ordens emitidas nos canais deles… outras apagadas. Rotas que não batem. É c