O rosto Que Não Saía da Mente

Enquanto isso, a quilômetros dali, em Phoenix, Alice despertava de um sono inquieto.

O corpo ainda se recuperava, mas a alma… a alma começava a arder de novo.

Ela passara dias em silêncio, fugindo das lembranças, evitando até pensar em seu nome.

Mas agora algo dentro dela se erguia — uma força que vinha das entranhas, algo mais forte que o medo, mais profundo que a dor.

O relógio marcava quase meia-noite quando Alice empurrou o notebook e respirou fundo.

O quarto estava silencioso, exceto pelo som da chuva batendo leve na janela — aquela mesma chuva que, sem motivo algum, fazia o coração dela acelerar.

Ela se sentia exausta, mas o sono não vinha.

Desde o evento, algo dentro dela havia mudado.

Um nome ecoava na mente, como uma canção que não se podia esquecer.

Felipe.

Não sabia quem ele era.

Não sabia por que aquele nome a fazia estremecer, como se despertasse algo antigo, profundo… e doloroso.

Mas ela sabia que precisava descobrir.

Pegou o notebook de novo.
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