A manhã seguinte amanheceu nublada — uma névoa fria cobria a cidade de Chicago, o tipo de dia em que até o sol parecia hesitar.
Alice saiu de casa com o coração acelerado, mas a cabeça erguida. Vestia jeans, uma jaqueta clara e um olhar sereno que disfarçava o turbilhão por dentro.
Carlos seguia logo atrás, discreto, enquanto outro carro com seguranças a acompanhava a distância.
Felipe ainda tentava conter o caos que se espalhava pela imprensa. Mesmo com toda a sua influência, a enxurrada de matérias parecia impossível de conter.
O império Orsine estava sob os holofotes.
E, no centro de tudo, o rosto sereno de Alice.
A universidade fervilhava. O campus parecia mais cheio do que o normal.
Alice percebeu os olhares assim que atravessou os portões. Cochichos, risadas abafadas, celulares apontados.
O ar tinha o peso do julgamento.
— É ela?
— A “amante” do bilionário?
— Como alguém assim…?
As palavras cortavam como lâminas invisíveis.
Alice manteve o passo firme,