Liandra caminhava sem perceber o próprio destino.
Os passos a levavam sozinhos, guiados mais pelo instinto do que pela consciência.
Depois de horas de tensão, suor e sangue, o corpo finalmente começava a cobrar, mas o coração ainda pulsava em ritmo de alerta.
Os corredores do hospital eram frios, iluminados por luzes brancas e silenciosas.
Os espaços reservados às famílias e acompanhantes ficavam em uma ala lateral, com quartos simples e uma pequena sala de apoio.
Foi para lá que os pés dela a conduziram, quase sem que notasse.
Felipe tinha uma ala separada próximo, o Alfa sempre tinha.
Mas os demais haviam sido acomodados juntos.
Rafael, no entanto, não estava ali.
Ele havia se retirado para se limpar.
Nicolas o guiara até uma das salas de uso restrito, onde a equipe deixara toalhas, roupas e água quente.
Agora, de calça jeans escura e camisa branca de malha, Rafael caminhava pelo corredor como se o chão o chamasse.
O corpo inteiro clamava por descanso, mas o que o movia