Susan não se mexeu por longos segundos.
Ficou parada junto à vidraça, observando o reflexo do homem que havia arrastado outro por ciúmes, ou talvez por puro instinto de posse.
Seu coração ainda martelava no peito, não pela cena em si, mas pelo que despertava nela.
Desejo.
Medo.
Algo entre o fascínio e o terror primitivo de estar diante de uma força da natureza que podia, com a mesma intensidade, protegê-la ou destruí-la.
Ela sentiu um arrepio subir pela nuca. Mas não fugiu.
Nem olhou para o lado.
“Ele é a maldição viva dos Lycans. Mas sou eu a maldição que pode destruí-lo. E ainda assim... Me sinto segura com ele.”
Uma voz sussurrou dentro dela.
“Mas ele seria capaz de me amar? Ou só me quer por instinto, por esse vínculo insano que nos arrasta um ao outro?”
Susan sabia o que havia feito. Ao aceitar o vínculo, ela tinha interrompido o ciclo de loucura que o sangue dela provocava no Lycan dele.
Havia impedido que o monstro dentro de Dmitry o consumisse. Mas não foi só ele quem arriscou