Uma semana havia se arrastado desde que Dmitry levara Susan para a mansão Rurik.
Sete dias de um inferno silencioso, onde o tempo se esticava como aço derretido e cada batida de seu coração era uma tortura.
Sua rotina exaustiva o mantinha longe dela, e, como um condenado tentando não quebrar suas próprias correntes, ele a evitava.
Tentava.
Falhava.
Enquanto fortalecia pactos, se erguiam muralhas invisíveis em volta de Susan. Não para afastá-la, mas para protegê-la. E ainda assim, cada vez que respirava, era como se o mundo inteiro se resumisse ao espaço entre seu quarto e o dela.
Sentado na poltrona de couro de seu escritório, Dmitry afundava lentamente. A camisa aberta no peito, o paletó esquecido no encosto, e o copo de vodca sobre a mesa evaporava sem ser tocado.
Susan estava ali. A poucos metros. Tão perto que ele sentia o calor dela atravessando a parede como uma maldição deliciosa.
Ele sabia quando ela se virava na cama. Quando murmurava seu nome em sonhos. Quando puxava o lenço