O salão permaneceu em reverência por alguns segundos eternos, até que a voz ritualística do mestre de cerimônias ecoou sob o domo central, com um tom cerimonial revestido de tensão:
— Que os clãs sejam ouvidos. Que as decisões sejam seladas. Que o sangue fale. Iniciamos o Conclave sob a presença da Deusa desperta.
A última frase nunca fizera parte do ritual. Mas ninguém ousou corrigi-lo.
Dmitry repousava a mão sobre a de Susan, ainda que discretamente, como uma âncora entre os mundos. Seu olhar percorria cada rosto ali presente com a precisão de um predador, captando os olhares desviados, os que tremiam, os que escondiam inveja, e os que sorriam em adoração.
A primeira pauta foi anunciada:
— Os acordos comerciais entre os clãs Rurik, Volkov e Dragunov. Ampliação das rotas licantropas e do controle sobre os territórios humanos nas regiões montanhosas e industriais do norte.
Oleg Barunov se levantou.
— Esta pauta deveria ser discutida depois de esclarecermos o que acabou de acontecer. —