A madrugada estava silenciosa, densa, carregada de tudo que ficou entre eles — ressentimentos não ditos, sentimentos engolidos, palavras que nunca foram suficientemente fortes para impedir a queda.
Bryan envolvia Mia por trás, os braços firmes ao redor do corpo pequeno e frágil dela. O que antes era abrigo, agora parecia penitência. Cada centímetro de contato entre eles doía de forma diferente — lembrando-o de tudo que ele perdeu... e tudo que destruiu.
Ela chorava em silêncio.
Não com gritos, não com escândalo. Mas com aquele choro rasgado, profundo, que parece vir de dentro dos ossos.
As lágrimas dela escorriam pelo braço dele.
E ele sentia. Como uma queimação lenta na pele. Como uma punição inevitável. Como um pedido mudo para que ele jamais esquecesse a dor que causou.
Ela não dizia nada. Apenas se encolhia um pouco mais, tentando se manter inteira enquanto desmoronava. A respiração dela era trêmula, entrecortada. E ele apenas a apertava contra o peito, tentando, em vão, impedir q