Ao chegar ao quarto, a porta estava entreaberta. A luz suave do luar entrava pela janela, banhando o ambiente em um brilho prateado. Mia estava de pé, de costas para ele, perto da janela. Ela havia trocado o robe, vestindo uma camisola de seda rosa pérolada, os cabelos úmidos e soltos caindo sobre os ombros – um sinal de que tomara um banho quente para tentar apaziguar a alma. Seus ombros estavam levemente curvados, e Bryan pôde ver o brilho sutil em sua pele.
Ele a viu secar, com a ponta dos dedos, uma lágrima solitária que escorria pelo rosto.
— Eu quero ficar sozinha, por favor, saia — ela sussurra para ele, a voz embargada, um fio quase inaudível de dor. Ele podia sentir a ferida em suas palavras, a profundidade de sua mágoa. Bones se contorceu dentro dele, um lamento primal por ver sua companheira assim, tão quebrada por suas próprias mãos.
O coração de Bryan se apertou. Ele respirou fundo, o cheiro de gardênias ainda fraco no ar, misturado agora com o aroma suave e familiar de M