O sol ainda não havia tocado a janela quando Bryan se levantou. O quarto estava mergulhado em penumbra, o ar denso de madrugada carregado com o perfume dele — madeira escura e fumaça suave. O som ritmado do relógio parecia se confundir com o compasso firme dos passos dele, e Mia percebeu, antes mesmo de abrir os olhos, a agitação que tomava conta do espaço. Havia uma energia elétrica no ar, uma inquietação silenciosa que só o instinto dela era capaz de captar.
Sem pensar, ela se ergueu, sentando-se na cama e observando-o por um instante. Bryan, de costas para ela, se vestia com uma precisão quase ritualística: cada movimento calculado, como se vestir para enfrentar o mundo exigisse controle absoluto. O tecido da camisa branca deslizava sobre a pele bronzeada, revelando a força dos músculos, o corpo de um guerreiro que carregava o peso de um reino.
Mia se aproximou, deixando que o lençol escorregasse de seu corpo, e tomou a gravata das mãos dele. Havia uma naturalidade íntima nesse ges