O trajeto até o luau durou apenas alguns minutos, mas cada um deles queimou como fogo lento na pele de Mia. Enjaulada no banco de trás, ela foi obrigada a assistir à peça encenada para sua humilhação.
Lívia ocupava o banco da frente com pose de dona, exibindo-se como se tivesse conquistado algo precioso. Seus dedos passeavam pelo braço de Bryan, suas risadas soavam altas e artificiais, cada som mais doloroso do que o anterior. Cada toque, cada olhar, cada movimento era uma agulha cravada fundo no coração de Mia.
— Você é impossível, Lívia — disse Bryan, e embora a frase pudesse soar trivial, o tom carregava um calor de admiração que ele nunca mais usara com Mia.
Ela prendeu a respiração, afundando as unhas contra as próprias palmas. Mika, sua loba, uivava dentro dela, rosnando contra a cena, contra a corrente do vínculo que as acorrentava àquele destino. Mas a fúria era impotente, uma chama contida atrás das grades de ferro do dever e da dor.
Quando o carro finalmente parou diante das