O céu sobre a Costa da Lua queimava em tons de âmbar e púrpura, refletindo-se nas ondas que quebravam suavemente na areia. As fogueiras espalhadas pela praia dançavam com o vento, projetando sombras trêmulas sobre os jovens lobos que corriam e riam sob o céu noturno. Risos e conversas se misturavam com a música distante, criando uma melodia caótica de liberdade e juventude. Para todos, a noite era uma celebração de dança, alegria e despreocupação. No entanto, para Mia Ashworth, cada risada ressoava como um eco daquilo que lhe era privado — a escolha, a espontaneidade, a tranquilidade que os outros pareciam respirar tão naturalmente.
Enquanto a praia vibrava ao longe em movimento e cor, Mia se via diante do espelho em seu quarto, cercada por perfumes importados, maquiagens e vestidos delicadamente alinhados. Seus dedos trançavam o cabelo prateado em um penteado que ocultava a inquietação do seu coração, cada fio ajustado com uma precisão quase ritualística. O vestido azul que ela vest