Narrado por Alex
Depois que deixei Luna no quarto, fiquei parado diante da porta por alguns segundos, sentindo o sangue ferver nas veias. Dentro daquele quarto, eu sabia que ela estava tão inquieta quanto eu. E dentro de mim, um vulcão rugia. Aquela garota me tirava o controle — e isso era algo que eu jamais permitia a ninguém.
Sorri de canto, encostando a testa na porta.
“Ela é fogo disfarçado de inocência.
E o pior é que cada gesto, cada respiração dela parece inconscientemente feita para me provocar”.
Mordi o lábio com força ao lembrar da imagem dela, arqueada contra o colchão, os olhos escuros de desejo e ódio, o corpo tremendo de necessidade não atendida. Eu tinha certeza, de que ela estava lá dentro ardendo de tesão, tão consumida pelas chamas quanto eu.
“Maldição ela é mesmo incrivelmente sensível”, pensei.
E o pensamento foi como um lampejo, trazendo de volta a memória vívida do toque de sua pele quente contra a minha, a respiração ofegante presa entre um "não"