Narrado por Alex
Ela tentou se afastar, mas fui mais rápido. Agarrei seus pulsos com uma mão só, forçando-os para cima, acima da cabeça, contra o colchão. Seu corpo arqueou, um movimento de fuga que só a colocou mais à minha mercê.
Me larga, seu idiota! Alex, não me toca! — cuspiu, os olhos faiscando no escuro.
Eu ri, baixo, no fundo da garganta. O medo dela tinha o mesmo cheiro do desejo — adocicado e ácido, como uma flor prestes a florescer.
— Por que fez isso, dolcezza? — perguntei, a voz um fio de seda envenenada. — Me cortar é um convite muito peculiar.
— Não, óbvio, seu maldito assassino! Eu te odeio! Nunca vou deixar você me tocar de livre vontade… Nunca, seu desgraçado!
O sorriso que surgiu nos meus lábios era genuíno, estava totalmente cativado, por ver tamanha fúria em alguém de tamanho tão pequeno. Era como ver uma borboleta rara tentando machucar alguém com suas asas frágeis.
— Alguém me disse, há muito tempo, que as ruivas eram sempre as mais bravas. Eu não