No sábado de manhã, como sempre, ela acordava cedo, não porque precisava. Mas gostava da paz da manhã, e ia correr no parque. Depois que calçava os tênis mais confortáveis e colocava fone, boné, se isolava do mundo. Apenas corria, por uns bons minutos, até se sentir exausta e longe o suficiente de tudo que a preocupava, às vezes as corridas duravam mais de 1h. Naquela manhã, era necessário, o parque parecia um borrão em volta dela, as pessoas e até os animais, nada importava. Só a batida da música que a empurrava e as passadas firmes. O sol aquecia a pele, a fazendo suar um pouco junto ao movimento do corpo. Era libertador, ali nada podia interferir nem a questionar. Era só ela.
Depois de uma passada rápida no apartamento para um banho e se trocar, já estava nos bancos do estúdio outra vez. Ajustando as joelheiras para proteger os joelhos dos movimentos repetitivos que teria que praticar, enquanto via a professora e dona do lugar dando as últimas orientações para Patrícia e qu